domingo, novembro 16

Há maneira de sair do Impasse?

O ME dizia que não mudava uma vírgula. Agora já diz que pode simplificar, mas mantendo a mesma matriz. A maioria dos professores rejeita a imposição e reclama a suspensão do processo (nomeadamente através da não entrega dos OIs).
Há alguma forma de sair do braço de ferro, de sair do impasse? Tópico que lanço para a discussão.

quinta-feira, novembro 6

Entrevista

Do Terrear à Península foi um clique. Assim me descobriu Andreia Brito da Antena 1.
Achou curioso eu ter como profissão futura ex-professora!
Queria falar sobre os nossos desânimos. Arranjei mais uma companheira e lá nos encontrámos com ela. Uma simpatia. Uma gravação informal sobre uma mesa de café.
À mesma hora passava a entrevista com José Matias Alves. As nossas palavras sairão amanhã, sexta, entre as 16 e as 20 horas. Nada de mais. Desabafos sentidos por uma carreira que escolhemos e que nos faz querer antecipar a reforma quando ainda tínhamos muito para dar. Que o diga a Conceição, que, já depois de ter pedido a dita cuja, nas suas arrumações de papelada, ainda guarda alguma coisa, sonhando que lhe vai fazer falta.
Quem me dera já estar contigo, amiga!

domingo, novembro 2

Do básico ao superior

Li (durante) esta semana um excelente artigo de Teresa Carla Oliveira e Stuart Holland: "Retórica e realidades nas reformas do Ensino Superior e no Processo e Bolonha", na Revista do SNESup, e achei interessante deixar aqui uma das respectivas conclusões.

Depois de, citando Tinbergen e Pinder, explicarem a diferença entre integração positiva e negativa, os autores fazem notar que o Processo de Bolonha está a ser levado a cabo com uma estratégia de integração negativa, p. ex. através da redução de barreiras à mobilidade. Fazendo apelo aos objectivos de coesão social do Tratado de Roma, os autores alertam para o risco de o Processo de Bolonha promover uma mobilidade desigual em termos de classe social e económica.
"Se pretendermos obter mais valor acrescentado através da integração positiva no ensino superior europeu, uma das medidas melhores será um compromisso conjunto no sentido de estabelecer limites ao número de alunos por turma no ensino primário, secundário e superior, e a sua redução efectiva progressiva como um direito social e de cidadania em toda a Comunidade Europeia."
Na Finlândia, aparentemente, o número médio de alunos por turma é de dez: numa escola típica 30 professores estão encarregados de 300 alunos.
Considerar "as turmas com um reduzido número de alunos como uma meta educativa [...] seria um exemplo verdadeiramente útil de valor acrescentado derivado de uma política educativa europeia não limitada ao ensino superior, mas que integrasse elevada qualidade desde os níveis primário e secundário até ao superior."
E eu não podia concordar mais!